Crianças em combate não são uma raridade tão grande assim. Os casos mais flagrantes no mundo atual provavelmente são vistos na África, onde diversos países utilizam crianças em seus exércitos, ou em guerrilhas. As crianças russas têm um certo histórico de combate (a maioria delas tinha entre 9 e 11 anos), tendo combatido nas Guerras que moldaram a história do país: a Guerra Civil e a II Guerra Mundial.
Começando pela Guerra Civil Russa, que rolou de 1918 a 1922, e contou a participação de tropas de diversas nações envolvidas na I Guerra Mundial (sim, tinham americanos e ingleses em solo russo), que fizeram de tudo para derrubar os vermelhos do poder russo. As crianças combateram dos dois lados. Em Kharkov, uma menina chamada Olga se juntou a Tcheka (polícia secreta dos comunistas) e não teve dificuldades em mandar fuzilar todos seus professores, bem como os colegas de classe que não gostava. Em Vladivostok um menino se juntou ao Exército Branco e mandou pra cadeia todas as tias que o atormentavam desde bebê.
Os dois casos são uma pequena mostra de como as crianças encaram a guerra, e têm lá suas motivações. Na II Guerra Mundial, embora fosse evitado ao extremo (Stalin podia ser MUITO louco, mas via o futuro da União Soviética nas crianças), algumas crianças se juntavam ao Exército Vermelho. Umas por serem encontradas perdidas em regiões conflituosas, outras por perderem os pais, ou terem suas casas explodidas. Outras ainda fugiam de suas casas para se juntar ao Exército na guerra…
Um fato interessante, é que oficialmente TODAS as que entraram para regiões de combate, o fizeram por se voluntariar, nunca por alistamento, como ocorria na Alemanha Nazista. Houve até casos de crianças que se juntaram ao Exército em 1941, logo que a URSS foi invadida, e participaram de campanhas militares até 1945, sendo inclusive agraciadas com chuvas de medalhas de honra.
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