Anote aí: 147.456 CPUs, 144 terabytes de memória, um milhão de watts de eletricidade e toneladas de aparelhos de ar condicionado. Tudo foi feito pela IBM, em parceria com a Universidade de Stanford e o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, para simular o funcionamento do cérebro de um gato. Para mim gatos não são grandes coisas. Na casa do BruNêra têm duas gatas, e elas não parecem ter mais poder de processamento que meu celular, afinal, para comer (mais do que deveria, já que uma delas sempre vomita), dormir e dar voltas nos telhados quando se está a fim de um pouco de aventura, não são lá coisas das mais difíceis.
Mesmo com a aparente tosqueira dessa pesquisa (OK, chega de ironia barata!) os resultados alcançados foram expressivos, já que eles conseguiram simular as sinapses realizados pelos neurônios dos felinos domésticos em seu córtex cerebral. Coisas realmente complexas como memória e comunicação foram devidamente incorporados nos processos (9 trilhões de processos por segundo, para ser exato) do Blue Gene, o nome dessa máquina mega poderosa criada para mostrar que máquinas evoluem em velocidades maiores que as da Seleção Darwiniana.
A essa altura você já deve estar pensando com certa preocupação que simulações parecidas já devem rolar com cérebros humanos, o que é 100% verdade, como diria Beatrix Kiddo. Mas até o momento, somente o córtex visual do cérebro humano foi simulado (tire dessa simulação coisas únicas como pensamentos e capacidade de aprendizado) por PCs.
Porém existem previsões de quanto tempo se levará para um cérebro humano ser devidamente simulado em suas capacidades sinápticas. Para isso ocorrer, é necessário que se tenha cerca de mil vezes mais processamento que o Blue Gene. Se levarmos em conta o ritmo de desenvolvimento dos tais supercomputadores, isso vai acontecer em 2019, ano em que a Skynet deve governar a Terra!
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